Quando conhecemos os números da violência doméstica em Portugal ou na Europa, podemos ficar indignados ou até mesmo envergonhados mas, regra geral, não passa disso.
Podemos comentar com o vizinho do lado ou com o colega de trabalho como é possível que em 2008 haja tantas mulheres vítimas deste tipo de violência mas pouco mais do que isso. Mas quando lhes conhecemos o rosto, a voz e a história de vida, esta tragédia ganha outra dimensão, mais real e mais intensa.
Ontem conheci a história dramática de uma mulher muito jovem, vítima de violência doméstica durante cerca de 8 anos. Uma história que revolta e entristece.
As agressões começaram logo a seguir à lua-de-mel e foram sempre muito violentas.
Fiquei chocada com a brutalidade deste «homem» que, ainda por cima, é militar.
Foram 8 anos de um sofrimento sem igual e sem ajudas. Porque nada funciona.
Mais grave, este homem vai somando vítimas de cada vez que se aproxima de uma mulher. A última demorou cerca de um ano e só não acabou em morte por milagre.
Para espanto e indignação de todos este homem foi a tribunal, foi condenado a 18 meses de prisão mas a pena foi suspensa. PORQUÊ???
Porque os amigos testemunharam a favor dele e foram a tribunal dizer que ele é uma boa pessoa, integrada na sociedade, militar, amigo dos amigos...
Como é que qualquer juiz pode mandar para casa um indivíduo destes? O que é preciso acontecer para ele ir parar à cadeia e ficar por lá um bom par de anos?
Que justiça é esta?
Enquanto isto continuar a acontecer, dificilmente conseguiremos acabar com este flagelo social.
Uma boa parte da solução está nas nossas mãos.
A violência doméstica é um crime público!
Não tenha medo de a denunciar!
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