quarta-feira, 30 de abril de 2008

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Tanta mentira...


Este texto andou a circular na net há já algum tempo.
Na altura, quando o li, achei-o fantástico.
Hoje redescobri-o e não resisto a reproduzi-lo aqui (ainda que ligeiramente adaptado à nossa realidade).

Danuza Leão:

«Quantas mentiras nos contaram; foram tantas que começamos bem cedo a acreditar e, ainda por cima, a achar que somos culpadas por sermos burras, incompetentes e sem condições para fazer da vida uma sucessão de vitórias e felicidades.

Uma das mentiras:

É aquela que defende que nós mulheres, podemos conciliar perfeitamente as funções de mãe, esposa, companheira e amante e, ainda por cima, ter uma carreira profissional brilhante.
É muito simples: não podemos.
Não podemos, quando nos dedicamos de corpo e alma ao nosso filho recém-nascido, que na hora certa de mamar dorme e que à noite, quando devia estar a dormir, chora com fome, não se consegue estar bem sexy quando o marido chega, para cumprir um dos papeis considerados obrigatórios na trajectória de uma mulher moderna: a de amante.
Aliás, nem a de companheira; quem vai conseguir trocar uma ideia sobre a poluição no planeta ou o aquecimento global, se saiu do trabalho e passou no supermercado rapidinho para comprar uma massa e um molho já pronto para resolver o jantar e, ainda por cima, está deprimida porque não teve tempo de ir arranjar o cabelo.
Mas as revistas femininas estão aí para convencer as mulheres – e os maridos – de que um peixinho no forno com ervas aromáticas e uma batatinha cozida al dente, acompanhado por uma salada e um vinho branco é facílimo de fazer – sem esquecer as flores e as velas acesas, claro, e com isso o casamento continuar com aquele toque de glamour fundamental para que dure por muitos e muitos anos.
Ah, quanta mentira!
Outra grande, diz respeito à mulher que trabalha; não aquela que faz de conta que trabalha, mas à que trabalha mesmo.
No início, ela até tenta ter cuidado com a roupa, usar sapatos de salto alto e estar sempre maquilhada; mas as ilusões acabam cedo.
Entre em qualquer local de trabalho pelas 4h da tarde e vai ver um monte de mulheres maltratadas, com o cabelo horrível, de cara lavada e sem um pingo de glamour.
Dizem que o trabalho enobrece, o que até pode ser verdade. Mas ele também envelhece, destrói e enruga a pele e, quando se percebe, a guerra já está perdida.
Não adianta: uma mulher glamourosa e pronta a fazer todos os charmes – aqueles que enlouquecem os homens – precisa fundamentalmente de duas coisas: tempo e dinheiro.
Tempo para hidratar os cabelos, tempo para ir à hidroginástica, para ter uma massagista que a relaxe; tempo para fazer musculação, alongamentos, comprar umas sandálias novas para o verão, tratar das unhas, fazer depilação, e dinheiro para tudo isso e ainda para pagar a uma excelente empregada, o que também custa dinheiro.
Felizes são as mulheres que têm 5 minutos, só 5 para decidir a roupa que vão usar no trabalho.
Mas há as outras, as que têm filhos já crescidos: essas, quando chegam a casa, têm que conversar com os filhos, saber como foi o dia na escola, procurar entender porque é que elas estão agressivas ou porque é que o rendimento escolar está baixo.
E há ainda as outras que, com ou sem filhos, ainda têm um namorado que se «porta mal» e sem o qual elas acham que não conseguem viver.
Segundo um conhecedor da alma humana só há 3 coisas sem as quais não se pode viver: ar, água e pão.
Convenhamos que é difícil ser uma mulher de verdade, mas ainda damos um jeito para sermos as melhores…
Parabéns a quem consegue fingir tudo isto…»

domingo, 27 de abril de 2008

faz parte ser um pouco perdido...

Quando tudo parece perdido é bom sentir que os amigos estão por perto, preocupam-se connosco e ajudam à sua maneira.
Hoje recebi esta mensagem:

há uma música nova da Mafalda Veiga que tem uma letra que podia ter sido escrita para ti. deixo-te só o refrão...

«...faz parte ser um pouco perdido
faz parte começar outra vez
faz parte ir atrás dos sentidos
e voar a sentir o mundo na ponta dos pés..."

recomeçar assusta muito. é começar do zero. mas recomeçar também é fazer tudo de outra forma, possivelmente melhor.

Obrigada!!!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Afinal tudo acaba...

Ontem percebi a verdadeira dimensão de expressões como: «tudo tem um princípio, um meio e um fim», «não há mal que sempre dure, nem bem que não se acabe» ou «Deus escreve direito por linhas tortas».
A vida está sempre a surpreender-nos...

Agora entendo melhor esta canção da Mafalda Veiga, companhia certa nos melhores e nos piores momentos.

Só hoje senti
que o rumo a seguir
levava pra longe
senti que este chao
ja nao tinha espaco
pra tudo o que foge
nao sei o motivo pra ir
só sei que nao posso ficar
nao sei o que vem a seguir
mas quero procurar

e hoje deixei
de tentar erguer
os planos de sempre
aqueles que sao
pra outro amanha
que ha-de ser diferente
nao quero levar o que dei
talvez nem sequer o que é meu
é que hoje parece bastar
um pouco de céu
um pouco de céu

só hoje esperei
jasemdesespero
que a noite caisse
nenhuma palavra
foi hoje diferente
do que ja se disse
e ha qualquer coisa a nascer
bem dentro no fundo de mim
e ha uma forca a vencer
qualquer outro fim

nao quero levar o que dei
talvez nem sequer o que é meu
é que hoje parece bastar
um pouco de céu
um pouco de céu...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

A vida não é dia sim...dia não...

Está tudo nesta canção da Mafalda Veiga!

Geme o restolho, triste e solitário
a embalar a noite escura e fria
e a perder-se no olhar da ventania
que canta ao tom do velho campanário

Geme o restolho, preso de saudade
esquecido, enlouquecido, dominado
escondido entre as sombras do montado
sem forças e sem cor e sem vontade

Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda

Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar para aprender a viver

e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração

Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda

Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
é preciso penar para aprender a viver

e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração.

Mafalda Veiga em 1987, no album «Pássaros do Sul».

terça-feira, 1 de abril de 2008

Viva a Primavera!


Não há nada que chegue a um belo dia de Primavera!
O sol e a temperatura amena ajudam a aquecer a alma e as flores ajudam a dar côr aos nossos dias.
Gosto de pensar que o tempo começa a convidar para sair de casa e viver mais ao ar livre. Os primeiros churrascos...os amigos...e umas belas sestas nas espreguiçadeiras guardadas desde o ano passado. Gosto de piqueniques, de petiscos ao final da tarde, de passeios com o mar por perto. Esplanadas, gelados, sol, roupa mais leve, corpo ligeiramente descoberto. E tudo por causa da Primavera.
Sabe tão bem...